Por: João Carlos Testa*
O pequeno negócio é considerado de forma específica com seus problemas muito distintos dos das grandes empresas, as MPEs também têm dificuldades para acessar financiamentos e informações sobre ambientes altamente competitivos. A maioria das MPEs não conseguem organizar e sistematizar as informações e suas variáveis para obter respostas competitivas, e estas empresas são vitais em todos os municípios, pois todos exercem alguma atividade produtiva na economia local.
O movimento associativista é um movimento para fortalecer os microempresários, para que além de promover a economia local, possam promover desenvolvimento em suas cidades e em suas regiões, então, é de suma importância o apoio e fortalecimento do comércio e indústria local, por meio do ‘consumo cidadão’, que é capaz de promover ganhos para a sociedade e melhoria na qualidade de vida.
Após oito trimestres consecutivos de queda, o PIB voltou a crescer, conforme dados divulgados pelo IBGE. O agronegócio puxou a “linha de frente” da economia. O Produto Interno Bruto no primeiro trimestre de 2017 totalizou R$ 1,595 trilhão. A agropecuária registrou R$ 93,4 bilhões, a indústria R$ 291,1 bilhões e os serviços R$ 996,4 bilhões, segundo o IBGE. O Paraná tem um PIB de 60-70% no interior e sendo interior é ligado ao Agronegócio, é um desafio conseguirmos trabalhar esta realidade, para que o emprego, o desenvolvimento e a riqueza, fiquem no local.
As MPEs desenvolvem a comunidade, então comprar destes pequenos negócios é um ato transformador, a compra do pequeno negócio é um grande negócio para o município e sua comunidade. Os governos municipais de nossa região, por meio da aprovação da Lei Geral das MPEs, podem incentivar as MPEs e empreendedores formalizados, fornecendo oportunidades para que eles participem de licitações para serem fornecedores de bens e serviços para a prefeitura, em um valor de até R$ 80 mil reais. Nos municípios, a sala do empreendedor legaliza os MEIs, e o Sebrae prepara e qualifica o empreendedor. No caso de Cianorte, temos ainda o Escritório de Articulação para fomentar o empreendedorismo local e regional e fortalecer do pequeno negócio.
A ACIC e o Sebrae entregam serviços e formação para os gestores com visão de associativismo de resultado e empreendedora, para que estejam mais aptos aos grandes desafios econômicos e de concorrência. A concorrência é estimuladora para todos, em especial para os microempresários, já que o impulsiona para a busca de melhorar seu desempenho, diversificar a oferta de produtos e serviços e atender melhor a sua clientela.
A complexidade e dificuldade da economia como estamos inseridos, faz com que as empresas, de maneira geral, se reorganizem e revejam seus conceitos e práticas, para poderem lidar nas situações adversas com ética e transparência, enfrentando os desafios de um mercado cada vez mais competitivo e ao mesmo tempo, atender às crescentes demandas da sociedade.
A saber, numa economia globalizada os concorrentes são o mundo inteiro, pois o mundo empresarial é baseado no conhecimento e inovação, mesmo porque o concorrente existe e com conhecimento o empresário estará mais preparado para os desafios. Sendo assim, nos dias atuais onde a competitividade entre os negócios é sempre acirrada, as vezes avassaladora, mais que nunca temos que nos preparar com otimismo e conhecimento, para sermos grandes gestores.
EMPRESÁRIOS, mais que nunca precisamos estar unidos no princípio do associativismo de resultados, e aí sim, teremos os melhores resultados para nossas empresas pequenas, médias e grandes, gerando emprego, renda e desenvolvimento local.
*João Carlos Testa é Engenheiro Agrônomo, Gerente e Sócio da
Celeiro Agrícola e Presidente da ACIC Cianorte.