Para a Psicanalista, mulheres precisam ensinar seus filhos e filhas para diminuir diferenças de gênero no futuro.
As cerca de 100 mulheres que participaram da palestra “Mulheres Empreendedoras às Avessas”, com a escritora, comentarista e Psicanalista Lígia Guerra, na quinta-feira (16/03), na Associação Comercial e Empresarial de Cianorte, puderam compreender um pouco mais sobre seu próprio universo feminino e as mudanças de comportamento que as têm colocado em destaque na sociedade contemporânea.
Durante o evento, organizado pelo Ponto de Atendimento ao Empreendedor, em parceria com a ACIC, a Psicanalista, que é comentarista do Programa Encontro, apresentado na TV Globo por Fátima Bernardes, traçou um histórico de mulheres como a escritora Clarice Lispector, para exemplificar as particularidades do mundo feminino ao transformar situações de traumas e decepções sentimentais, em energia positiva para se reinventar. “Foi um momento ímpar, onde a palestrante demonstrou alguns Tabus que precisam ser quebrados em relação às crenças e ao papel da mulher na sociedade. Lígia nos fez refletir sobre nosso papel de filha, mãe, esposa e empreendedora”, observou Cléo Santos, Agente do Ponto de Atendimento ao Empreendedor.
Lígia Guerra resgatou situações utilizadas pela mídia, em que a tímida mudança com relação ao reconhecimento do importante papel da mulher na sociedade já aparece. Para ela a mulher já está requisitando ser tratada principalmente como um ser pensante e não somente como um modelo estético estabelecido. “Não estou dizendo que vocês não devem ser lindas… mas não podemos ser só isso”, enfatizou.
Sobre dados em que as mulheres aparecem como principais responsáveis pela educação dos filhos, a Psicanalista sugeriu que o fato seja utilizado em favor da sociedade como um todo. “Se vocês querem que as mulheres sejam respeitadas, então ensinem seus filhos e filhas que as tarefas de casa, como lavar a louça por exemplo, devem ser compartilhadas por todos, homens e mulheres”, exemplificou, completando que se os pais continuarem a agir de forma a dividir tais tarefas em: ‘coisa de menino’ e ‘coisa de menina’, naturalizando que o serviço doméstico deve ser executado por suas filhas, enquanto seus filhos utilizam o tempo em atividades culturais, as diferenças permanecerão na sociedade adulta.