Por: João Carlos Testa*
No decorrer de nossa experiência como diretoria da Associação Comercial e Empresarial de Cianorte, estamos percebendo o quanto faz diferença cada um fazer sua parte e juntos termos sempre o foco voltado para o bem comum. Nos últimos dias pessoas de todo o Brasil, inclua-se aqui os empresários que fazem parte das 290 associações do sistema Faciap, se uniram pedindo que o STF aplique a justiça nos casos de corrupção apontados pela Operação Lava Jato, e mesmo esse não sendo o principal tema de uma Associação Comercial, decidimos agir em nossa cidade, atendendo as solicitações de apoio da Sociedade Civil Organizada, cumprimos o nosso dever como cidadãos brasileiros, condição que vem antes de qualquer outro status profissional que possamos ter, porque entendemos que as coisas só irão mudar quando cada um fizer sua parte.
Não por ego, mas pensamos que, sim, as pressões populares influenciam as tomadas de decisão não só do sistema judiciário, mas também do sistema político. No caso do STF, que tratou do habeas corpus preventivo, fomos para a rua pedir coerência no julgamento de uma decisão de grande importância, capaz de influenciar todas as futuras decisões sobre as prisões, mesmo após condenações em segunda instância. Fomos para as ruas, porque mesmo esta decisão não estando ligada diretamente ao comércio e a indústria, está ligada a corrupção, que esvazia dia a dia os cofres públicos do dinheiro arrecadado, principalmente, por meio dos impostos que pagamos, sendo pessoas físicas ou jurídicas. Já no caso da nossa tão sonhada Duplicação da PR-323, batemos de porta em porta e pedimos assinaturas para um abaixo assinado que pede a citada duplicação, porque entendemos que é uma forma de proteger a vida de nossos trabalhadores, além de uma forma de incentivar a economia de toda uma região, com a melhoria logística.
Nossa diretoria irá sempre apoiar as ações verdadeiras, que possam influenciar de alguma forma a melhoria da qualidade de vida das pessoas da nossa região, do nosso Estado, do nosso País, porque como pessoas de ação que somos, não é nossa prática dizer “isso não é da minha conta”, “não tenho nada a ver com isso”, e outras desculpas proferidas por pessoas que estão sempre esperando: que os outros façam por eles, que os outros mudem suas atitudes, que os outros os ajudem, que os outros façam o trabalho que deveria ser feito por eles.
Estamos em uma jornada onde muitos pertencentes ao meio empresarial ficaram para trás, vítimas do sistema burocrático e de altíssimos impostos, mas nós estamos aqui firmes em nosso propósito de gerar riqueza e renda para este país, e não nos conformamos com ter um sócio imposto, que desaparece com nosso dinheiro mediante centenas de casos de corrupção. Resumindo, é da minha conta, é da conta de nossos diretores, é da conta de cada brasileiro, de cada um de nós que preserva o caráter e a decência.
*João Carlos Testa é Engenheiro Agrônomo, Gerente e Sócio da Celeiro Agrícola e Presidente da ACIC Cianorte.