Especialistas afirmam que o momento é oportuno para investir em inovação, oferecendo experiências mais humanizadas e empáticas, para fortalecer os vínculos com as marcas.
Em diversos estados do país, pouco a pouco, o comércio tem reaberto as suas portas e retomado às atividades, depois um longo período fechado em razão da pandemia. Entre os diversos segmentos, o varejo de moda enfrenta uma série de novos desafios para conquistar a confiança dos clientes. Nesse contexto, a valorização da experiência da compra é avaliada como uma das maiores oportunidades de inovação, de acordo com especialistas do setor. O Sebrae realizou uma live para tratar sobre o assunto com a fundadora da Vimer Experience Merchandising, Camila Salek e a analista de Competitividade do Sebrae, Anny Santos.
A CEO da Vimer, Camila Salek, acredita que esse é o momento dos comerciantes “reaprenderem a varejar” e oferecer uma experiência mais assertiva e humanizada para os clientes. “Estamos vivendo um momento completamente inédito, em especial para o varejo de moda. Temos que nos adaptar ao novo normal, reaprender a varejar com o distanciamento físico. Muitas das mudanças refletem muito o cuidado com o próximo: o aumento da importância do auto serviço, a suspensão dos provadores, aumento do prazo de troca. Tudo isso para comunicar qual o posicionamento da marca em relação à pandemia. Mostrar que está preocupado em primeiro lugar com a saúde dos clientes”, afirma.
Salek acrescenta que a forma de vender também deve ser ponderada. “As interações humanas precisam estar mais focadas no atendimento às necessidades específicas dos clientes. Por exemplo, se a consumidora chega com o desejo de uma sandália prata, os vendedores não precisam descer com dez caixas de sapatos variados, como acontecia antigamente. Nesse momento não há regras específicas de como tratar o cliente. O maior foco é se colocar no lugar dos consumidores. Seja empática para entender o momento de cada um”, analisa.
A especialista em varejo de moda, Anny Santos, afirma que a retomada de sucesso se dará com a junção de cuidados estratégicos com a saúde e a inovação na experiência dos consumidores. “Gosto de falar em retomada de sucesso que é a retomada segura somada à retomada coerente dos negócios. Realmente temos que prestar atenção em pontos fundamentais como os protocolos de segurança nas lojas e estar atentos às possibilidades de inovação que o momento trás”.
Anny exemplificou o case de uma loja de roupas infantis que passou a publicar em suas redes sociais uma série de contos de histórias para crianças. “O foco não é só a venda do produto e sim proporcionar um momento marcante para o consumidor. Usar os meios digitais para promover essa conexão da marca com o cliente com certeza aumenta a confiança e a fidelização”. Além disso, Anny afirma que os canais digitais são ferramentas que vieram para ficar e devem ser exploradas ao máximo. “Digitalmente é mais fácil testar, adequar e rapidamente entender como pode ser agregado valor para sua marca. O cliente está aberto e sensível ao digital. Ainda que moda não seja o apelo prioritário de compras, esse momento é favorável para inovar nesse sentido. É preciso ter sensibilidade e criatividade. As compras online estão em alta e os consumidores estão buscando mais esse tipo de experiência”, indicou.
Fonte: Assessoria Comunicação SEBRAE